O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um equipamento fundamental em situações de emergência, especialmente no atendimento a vítimas de parada cardiorrespiratória (PCR). A atuação do enfermeiro nesse contexto, utilizando o DEA de forma eficiente, é essencial para salvar vidas e garantir a qualidade do atendimento. Neste post, vamos explorar como o DEA se insere no dia a dia da enfermagem, sua importância, e qual a legislação que regulamenta o seu uso por enfermeiros.
O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um dispositivo portátil que fornece choques elétricos para restaurar o ritmo cardíaco normal de uma pessoa que está em parada cardiorrespiratória devido a arritmias, como a fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso. O DEA é projetado para ser de fácil utilização, com orientações sonoras e visuais, permitindo que até profissionais de saúde com treinamento básico possam utilizá-lo de forma eficaz.
Na rotina dos serviços de emergência, UTI (Unidade de Terapia Intensiva), Pronto-Socorro e até mesmo em ambientes hospitalares gerais, o DEA é uma ferramenta imprescindível para a equipe de enfermagem. Quando um paciente entra em parada cardiorrespiratória, o tempo é um fator crucial para aumentar as chances de sobrevivência. Os enfermeiros, como membros chave da equipe de saúde, devem estar capacitados para usar o DEA corretamente e de maneira rápida.
O DEA pode ser utilizado tanto em adultos quanto em crianças, desde que o protocolo de uso seja seguido corretamente. Além disso, o treinamento para manuseio do DEA é frequentemente oferecido em cursos de suporte básico de vida (SBV) e suporte avançado de vida (SAV), onde enfermeiros se preparam para atuar com rapidez e precisão nesses cenários críticos.
A Resolução COFEN nº 704 de 19 de julho de 2022 é o documento legal que regula e autoriza o uso do DEA por enfermeiros no Brasil. Esta resolução estabelece as diretrizes e responsabilidades para os profissionais da enfermagem em situações de emergência, permitindo que os enfermeiros utilizem o desfibrilador de maneira eficaz, desde que tenham a devida capacitação.
A Resolução COFEN nº 704/2022, além de garantir a legalidade do uso do DEA, também reafirma o papel essencial do enfermeiro nas emergências, assegurando que o profissional, com conhecimento técnico e prática, esteja apto a utilizar o desfibrilador sempre que necessário. Este documento foi fundamental para a padronização e segurança no uso de equipamentos como o DEA, ampliando o campo de atuação da enfermagem no atendimento a emergências cardiológicas.
Os enfermeiros têm um papel de extrema relevância no atendimento a emergências cardiorrespiratórias. Além de utilizarem o DEA, eles devem ser capacitados a realizar manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP), acompanhar o monitoramento contínuo do paciente e prestar suporte psicológico tanto à vítima quanto aos familiares. A integração das habilidades do enfermeiro no uso do DEA, junto com os outros protocolos de emergência, aumenta significativamente as chances de sucesso no resgate de pacientes.
1. Aumento das Taxas de Sobrevivência: O uso rápido e eficaz do DEA é um dos fatores determinantes para a sobrevivência de vítimas de PCR, especialmente se for iniciado dentro dos primeiros minutos da parada.
2. Acessibilidade e Eficiência: O DEA é fácil de usar, com comandos sonoros e visuais, permitindo que enfermeiros, mesmo com treinamento básico, possam operá-lo de forma eficiente e segura.
3. Atendimento Rápido: O tempo é essencial durante uma parada cardiorrespiratória, e os enfermeiros estão frequentemente mais próximos do paciente, podendo realizar a desfibrilação de forma mais ágil.
4. Qualificação Profissional: O uso do DEA exige que o enfermeiro esteja sempre em busca de atualização e treinamento, garantindo um atendimento de saúde de qualidade.
O DEA é uma ferramenta de vida que deve estar ao alcance de profissionais capacitados, especialmente dos enfermeiros, que desempenham um papel fundamental no atendimento a situações de emergência. A Resolução COFEN nº 704 de 19 de julho de 2022 garante que os enfermeiros tenham respaldo legal para utilizar o desfibrilador externo automático, contribuindo diretamente para a redução de óbitos causados por parada cardiorrespiratória.
A integração do DEA na rotina da enfermagem não só aumenta a chance de sobrevivência dos pacientes, mas também reforça a importância da capacitação contínua desses profissionais. Investir no treinamento de enfermeiros para o uso do DEA é, sem dúvida, uma das estratégias mais eficazes para salvar vidas e melhorar o atendimento no sistema de saúde.