A presença de desfibriladores externos automáticos (DEA) em academias de ginástica é uma medida essencial para a segurança dos frequentadores. Os DEAs são dispositivos simples de operar, mesmo por pessoas leigas, e têm como principal função restabelecer o ritmo cardíaco em situações de parada cardiorrespiratória (PCR), condição em que cada minuto sem atendimento reduz a chance de sobrevivência em até 10%.
As academias são locais onde o risco de eventos cardíacos aumenta devido à prática de exercícios físicos intensos, que podem sobrecarregar o sistema cardiovascular, especialmente em pessoas com condições cardíacas subjacentes não diagnosticadas. Embora o exercício físico seja, de maneira geral, benéfico para a saúde, ele também pode provocar picos de pressão arterial e aumento na frequência cardíaca, fatores que podem desencadear arritmias em pessoas predispostas. Isso faz com que ambientes de prática de esportes, como academias e clubes, sejam mais propensos a episódios de PCR.
Além de pessoas com fatores de risco já conhecidos, como hipertensão, colesterol alto ou histórico familiar de problemas cardíacos, muitos frequentadores de academias desconhecem suas condições cardiovasculares. Em alguns casos, o primeiro sinal de um problema cardíaco ocorre durante a prática de atividade física, tornando o acesso imediato ao DEA uma questão de vida ou morte. Esse aparelho é capaz de fornecer choques elétricos controlados para restaurar o ritmo cardíaco, e, por ser intuitivo e orientado por comandos de voz e texto, facilita o uso por qualquer pessoa presente no local.
A obrigatoriedade de desfibriladores externos automáticos (DEA) em academias de ginástica no Brasil depende das leis estaduais e municipais, variando em cada localidade:
1. Santa Catarina determina que ginásios esportivos devem dispor do DEA através da Lei nº 15.078/2009;
2. Paraná obriga a presença do DEA em academias de ginásticas com concentração ou circulação superior a 1.000 (mil) pessoas/dia através da Lei 14.427/2004;
3. São Paulo através da lei estadual 13.945 exige o DEA em clubes e academias com mais de 1.000 (mil) sócios;
4. Rio de Janeiro sancionou a Lei Nº 7.259/2022 determinando a obrigatoriedade da disponibilização de desfibrilador cardíaco em academias e clubes, parques públicos e privados, locais de velório, cemitérios, instituições financeiras e de ensino.
5. Minas Gerais, em 6 de junho de 2018, atualizou sua lei sobre a obrigatoriedade DEA através da Lei nº 5.207 e então passou a exigir a presença do DEA em academias;
Cada estado possui uma legislação específica, por isso consulte nossas publicações no blog e atualize-se!
Dada a importância da resposta rápida, várias legislações estaduais brasileiras, como as de São Paulo e Rio de Janeiro, exigem o DEA em academias com grande circulação de pessoas. Esses regulamentos são uma resposta à alta prevalência de mortes por problemas cardiovasculares no Brasil, onde doenças cardíacas são responsáveis por uma grande parte das mortes anuais. Portanto, academias que possuem DEAs, além de cumprirem uma exigência legal em algumas regiões, oferecem um ambiente mais seguro para seus frequentadores.
O desfibrilador externo automático (DEA) é projetado para ser simples de usar, mesmo por pessoas sem treinamento médico. Em uma situação de emergência, especialmente em academias onde ataques cardíacos são mais propensos devido ao esforço físico intenso, saber utilizar o DEA corretamente pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Aqui está um passo a passo básico para o uso do DEA:
1. Avaliação e Chamada de Emergência: Ao identificar uma pessoa que sofreu uma parada cardiorrespiratória (geralmente inconsciente e sem pulso), é crucial que alguém chame imediatamente o serviço de emergência. O tempo é essencial, pois cada minuto sem socorro reduz drasticamente a chance de sobrevivência.
2. Ligação do DEA: Assim que o DEA está disponível, ele deve ser ligado. Muitos aparelhos de DEA têm instruções de voz ou texto que guiam o socorrista em cada passo.
3. Aplicação dos Eletrodos: O dispositivo possui dois eletrodos adesivos que devem ser aplicados no peito da vítima – geralmente um no lado direito, abaixo da clavícula, e outro na lateral esquerda, abaixo do peito. Estes eletrodos detectam o ritmo cardíaco e enviam as informações ao DEA.
4. Análise do Ritmo Cardíaco: Após a aplicação dos eletrodos, o DEA analisa o ritmo cardíaco da vítima e determina se o choque é necessário. Nesse momento, é importante que ninguém toque na vítima para evitar interferências na leitura do aparelho.
5. Administração do Choque: Se o DEA determinar a necessidade de um choque, ele alertará o socorrista para garantir que ninguém esteja tocando a vítima antes de apertar o botão de choque. Esse impulso elétrico é projetado para restaurar o ritmo cardíaco normal.
6. Manobras de RCP: Após o choque, o DEA EasyShock orienta o socorrista sobre a necessidade de iniciar a reanimação cardiopulmonar (RCP) e através do sensor de feedback ele reporta em tempo real a qualidade das compressões através da metrificação da profundidade e frequência das compressões torácicas. O aparelho pode fazer uma nova análise e recomendar mais choques, caso necessário, até a chegada dos paramédicos.
Essa sequência de ações simples, guiadas pelo próprio dispositivo, possibilita que o DEA seja eficaz e seguro em uma situação de emergência. Academias bem preparadas com DEA e funcionários treinados ajudam a criar um ambiente mais seguro e preparado para responder a emergências cardíacas, aumentando as chances de salvar vidas em casos de parada cardiorrespiratória